Olá, gente. Você pode baixar a figura abaixo, para fazer um quadrinho, para seu quarto, ou para usar de fundo pro seu micro (ou para o que você inventar!!). Clica na imagem e salva!
Olá, queridos! O bicho aí de cima, exposto na Av. Paulista, 1313 (somos Petistas!), acaba de sair do MUBE e chegar as terras paulistanas. É o Rino, criado pelo artista plástico Marcelo Higa, meu digníssimo marido, e claro, imparcialíssima que sou, acho ele o mais bonito da amostra Rinomania. Curtam!
O mímico atravessa a cena, deixa cair um lenço invisível, agacha sobre a água – invisível – atravessa o rio – invisível – e do outro lado do rio, apanha o lenço. O mais estranho: do outro lado as sapatilhas deixam pegadas.
A trapezista rouba a cena. No ar a mão sustenta o corpo, sobe o quadril, passa uma perna na corda. A cabeça despenca, o tornozelo gira, leve trava na barra. O corpo desliza, inverte lados, chama para cima o para baixo. As luzes se apagam. Vai-se a trapezista. Fica o trapézio, vazio – e o trapézio sobe, desce, ensaia o balanço solitário e livre.
Não me sai da cabeça que a mulher barbada tinha um queda pelo dono do circo. Um dia a peguei chorando porque o porco ou símio adiantado não lhe notara o penteado novo.
Perto da jaula, o menino jurava ter ouvido o crocodilo lhe dizer bom dia.
A pulga estava tão triste porque seu adestrador morrera na véspera de uma anemia profunda.
O malabarista deixa cair os pratos. O atirador de facas erra o alvo sobre a melancia. Entra aí o palhaço, de terno e gravata, triunfante, chama os dois para um piquenique.
O atirador nem percebe, mas falta uma faca. Só quando lê as manchetes no dia seguinte é que pensa: não é que notara o palhaço mais feliz que o de costume?
Fora da corda chora o equilibrista porque o caminho é tão cheio de encruzilhadas.
A engolidora de fogo na pausa arruma a trança e lembra, entre suspiros e lágrimas, de sua infância entre os dragões.
Na boca do leão, os olhos redondos do adestrador brilham. Na platéia, o sorriso absorto de sua esposa trai uma ambição duvidosa. Termina o número. Aplauso. A mulher trinca os dentes. A tempo, sem que a notem, amansa a cara, um leve resgate da língua recolhe a saliva e o desejo por sangue.
Rente à lona, a imobilidade dos galhos conduz as folhas a discreta sonolência. Mas antes que abandonem a vigília, generosas gotas já pousam sobre seus olhos – despertando-as em pequenos sustos – piscadelas trêmulas de alegria súbita.
Adriana Dias, blogueira desde 99, vê neste quarto Espelho de Alice (o Blog), sua última tentativa de redenção do País das Maravilhas. Neste mundo virtual, em que todos falam, quase ninguém escuta e tudo é diáfano, a busca é de encontrar a cura pela palavra. Sim, este blog é um divã. Quem sou eu, se já não sou mais a mesma que acordei esta manhã? (Alice)
E agradeço com minha alma a Marcelo, meu marido, que digita quase a totalidade de tudo nos meus blogs.
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